Polícia investiga caneta de insulina com embalagem semaglutida, considerada enganosa.
A farmacêutica Novo Nordisk, responsável pela produção do Ozempic, confirmou que há exemplares falsos do remédio sendo vendidos ilegalmente e divulgou modos de identificar o medicamento original. Além disso, a empresa também informou que as falsificações já vinham sendo denunciadas, o que contribuiu para a repercussão recente do assunto. A produção do Ozempic visa atender às necessidades de pessoas que necessitam dessa medicação.
As falsificações do Ozempic resultaram em uma jovem mulher ser hospitalizada após fazer uso do produto enganoso. A empresa Novo Nordisk divulgou orientações claras para identificar o Ozempic original, incluindo a conferência da embalagem e a verificação da embalagem com o nome do fabricante. O Ozempic é uma opção comprovada para pacientes com diabetes tipo 2, em conjunto com outras intervenções terapêuticas. A identificação precisa do medicamento é crucial para garantir a saúde e segurança dos consumidores.
Falsificações de Ozempic: canetas de insulina são reencapadas para simular o medicamento
Em um caso recente, uma paciente foi internada no Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, com um quadro clínico grave e de difícil identificação. A vítima realizava tratamento com Ozempic e, considerando a recente nota da Novo Nordisk sobre possível falsificação do medicamento, houve suspeita de que a paciente poderia ter sido afetada pelos efeitos de um remédio falsificado. Felizmente, a paciente teve alta no dia seguinte.
A Polícia Civil apreendeu três caixas do remédio falsificado em uma farmácia indicada pela mulher como local de compra do medicamento. O dono do estabelecimento já foi ouvido e outras diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
Conforme a Novo Nordisk, há indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas com rótulos de Ozempic do lote NP5K174, possivelmente retirados indevidamente de canetas originais do medicamento. A farmacêutica acrescenta que não pode garantir que outros lotes também não tenham sido falsificados.
A substituição de Ozempic por Fiasp FlexTouch foi identificada em várias cidades, incluindo Brasília, Anápolis (GO), Curitiba e Belo Horizonte. A caneta de insulina pode ser adquirida por menos de R$ 50, enquanto a de semaglutida é vendida por cerca de R$ 1 mil.
A principal diferença entre os dois medicamentos é a cor: a caneta de Ozempic é de tom azul-claro, com o botão de aplicação cinza. Já a caneta de insulina Fiasp é de tom azul-escuro, com botão laranja. É importante analisar se a embalagem está rasurada ou alterada, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto.
As versões disponíveis de Ozempic no Brasil são de 0,25 mg, 0,5 mg e 1 mg, e não há ‘nova fórmula’: o remédio segue a mesma formulação e embalagem desde que chegou ao País, em 2019.
A Novo Nordisk destaca que seus produtos seguem a tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que regulamenta o preço dos medicamentos no País. Portanto, qualquer desconto ou promoção que deixe o remédio com preço muito abaixo do mercado deve servir de alerta.
Por fim, a farmacêutica recomenda desconfiar de ‘sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos’.
Caso você não tenha certeza sobre a origem do produto, não faça a aplicação. A recomendação é entrar em contato pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor da Novo Nordisk para obter orientação.
Fonte: @ Terra