Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e delegado Rivaldo Barbosa presos na Operação Murder por ligação com atentado. Investigadores descobriram através de delação do executor.
Na manhã de hoje, foi detida uma nova pessoa, suspeita de envolvimento como mandante na execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, que chocou o país em março de 2018. A investigação avançou e revelou mais um nome ligado à trama para mandar matar a parlamentar.
As autoridades descobriram que o suspeito detido teria tentado contratar assassinos para cometer o crime brutal. A ligação dele com o grupo responsável por planejar o assassinato veio à tona durante as diligências da polícia, que segue empenhada em desvendar todos os detalhes por trás desse caso surpreendente.
Suspeitos de mandar matar Marielle Franco são presos
Foram detidos o deputado Federal Chiquinho Brazão, do partido União Brasil (cuja prerrogativa de foro foi responsável por levar a investigação aos tribunais supremos); seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro no Tribunal de Contas do RJ, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Os três foram alvos de ordens de prisão preventiva na Operação Murder, Inc., deflagrada pela PGR, MP/RJ e PF.
O principal objetivo da operação é investigar os apontados como ‘autores intelectuais’ dos homicídios, além de crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. Além disso, estão sendo apurados possíveis relacionamentos dos suspeitos com a expansão territorial da milícia no Rio, de acordo com fontes próximas aos investigadores.
Investigadores buscam esclarecer a motivação do crime
Após a homologação da delação de Ronnie Lessa pelo STF, que seria o executor do crime e teria entregado informações sobre os mandantes, as prisões foram realizadas. É importante destacar que os envolvidos são políticos com longa história no cenário carioca, com Chiquinho Brazão eleito vereador do Rio por quatro mandatos, coincidindo com o período de mandato de Marielle Franco.
Além disso, Domingos Brazão ascendeu ao Tribunal de Contas do Estado em 2015, após ser deputado estadual por anos na Assembleia Legislativa do Rio. Já Rivaldo Barbosa assumiu como chefe da Polícia Civil do Estado do Rio um dia antes do assassinato de Marielle, em março de 2018, sob convite do então interventor Federal do Rio, general Walter Braga Netto.
Em sua delação, Ronnie Lessa descreveu os mandantes como parte de um grupo político influente no Rio, com interesses em diversos setores do Estado. Foram fornecidos detalhes de encontros com os políticos, bem como possíveis motivações para o crime bárbaro.
Fonte: © Migalhas