Tech World Brasil inicia operação hoje, usando escaneamento de íris para combater bots e perfis falsos com inteligência artificial, criado por sequência numérica de dados biométricos unicos.
A chegada da World no Brasil desencadeou um debate em torno da íris como meio de identificação humana. O projeto destaca a importância de distinguir humanos de robôs, com foco nos códigos genéticos. Por enquanto, a escansão da íris é oferecida de forma gratuita.
No entanto, a questão levanta preocupações sobre a privacidade dos brasileiros, incluindo a possibilidade de serem questionados sobre suas íris em ambientes abertos. A World argumenta que a tecnologia de escaneamento da íris pode ajudar a detectar robôs inteligentes, mas a pergunta é: como isso afeta o olho do público? A relação entre tecnologia e privacidade continua a ser um tópico em destaque em muitas discussões.
Uso da inovação em segurança
A integração da íris em sistemas de segurança está ganhando força, com aplicações em sites e redes sociais para prevenir perfis falsos. Além disso, pode substituir o Captcha, uma ferramenta de segurança que certifica se o acessante é humano ou robô. No entanto, uma inteligência artificial atual pode enganar essa verificação.
Operações de coleta da íris
A World afirma que, em 2023, já havia coletado íris de mais de 2.700 brasileiros em um período de teste. Agora, começa a coletar íris de brasileiros interessados em dez locais de São Paulo. Os endereços podem ser verificados no site oficial da World, e o registro é gratuito.
Passaporte digital e criptomoeda
A estrutura da World tem três frentes: o passaporte digital chamado World ID, que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; a Token Worldcoin (WLD), uma criptomoeda distribuída como recompensa para os inscritos; e o World App, que permite transações com a criptomoeda.
Polêmica e questões de privacidade
A World é criticada pela falta de detalhes sobre como trata informações coletadas, uma vez que a sequência numérica gerada funciona como um dado biométrico. ‘A íris pode ser apagada, mas o identificador único permanece’, afirma Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil. Além disso, a coleta de códigos genéticos levanta questionamentos sobre a independência da organização em coletar esses dados.
Fonte: © G1 – Tecnologia