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A assembleia aceitou acordo do governo Lula para reajuste salarial a partir de 2025.
BRUNO LUCCASÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Professores e servidores técnico-administrativos de institutos federais decidiram encerrar a greve que durou mais de dois meses. Durante assembleia realizada no último domingo (23), o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica) comunicou a resolução do movimento paredesfechados.
O encerramento da greve foi uma decisão unânime entre os participantes da assembleia. Com a paralisação finalizada, os profissionais retornarão às suas atividades normais nos institutos federais. O Sinasefe destacou a importância do diálogo para evitar futuros movimentos de paralisação e garantir o bom funcionamento das instituições de ensino.
Greve de professores: aceitação da proposta do governo Lula
A classe dos professores aceitou a proposta do governo Lula (PT) referente ao reajuste salarial, que só entrará em vigor a partir de 2025. A votação contou com 98 votos a favor, 6 votos contrários ao encerramento do movimento e 6 abstenções. Agora, os sindicalistas precisam firmar um acordo com o governo para oficializar o fim da paralisação. Vale ressaltar que poucos Institutos Federais estavam em greve, menos de 10, enquanto quase 60 universidades federais permanecem com as aulas suspensas.
Assembleia neste domingo para decidir sobre a continuidade da greve
Os docentes das universidades federais ainda não decidiram sobre a continuidade da greve, uma deliberação que pode ocorrer neste domingo. Desde o dia 15 de abril, os professores das universidades e institutos federais estão em movimento paredista, reivindicando reajuste salarial e recomposição do orçamento das instituições de ensino. Representados pelo Andes e pelo Sinasefe, os servidores pleiteiam um aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.
Acordo com o governo e a anulação pela Justiça Federal
Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com o Proifes, uma das entidades que representam os professores federais, com o intuito de encerrar a greve. Contudo, na quarta-feira (29), a Justiça Federal anulou o acordo após uma ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, vinculada ao Andes. O juiz Edmilson da Silva Pimenta argumentou que um acordo com apenas uma entidade pode prejudicar os direitos pleiteados pelo movimento paredista.
Proposta de pacificação do governo com investimentos
Para tentar acalmar os ânimos, o governo lançou um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na segunda-feira (10) destinado às universidades federais e hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos. O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, totalizando R$ 400 milhões, sendo R$ 279,2 milhões para as universidades e R$ 120,7 milhões para os institutos federais.
Fonte: © Notícias ao Minuto