Nísia Trindade participou de reuniões em Ancona, na Itália, abordando redução da mortalidade materna, medicina tradicional, saúde e política nacional.
Para promover o envelhecimento saudável em todo o planeta, é fundamental investir em ações que abranjam a vida das pessoas desde o nascimento até a terceira idade. Isso inclui a criação de políticas públicas que incentivem hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos e a alimentação balanceada.
No segundo dia da Reunião de Ministros da Saúde do Grupo dos 7 (G7), em Ancona, na Itália, os líderes mundiais discutiram estratégias para garantir que o envelhecimento saudável seja uma realidade para todos. A adoção de um envelhecimento ativo, que combina atividades físicas e mentais, foi apontada como uma das chaves para alcançar esse objetivo. Além disso, a promoção da saúde e bem-estar ao longo da vida foi considerada essencial para uma velhice saudável e plena. A saúde é o maior tesouro que podemos ter.
Envelhecimento Saudável: Desafio Global e Oportunidade para o Brasil
O Brasil participou do fórum como convidado, onde se discutiu o desafio do envelhecimento populacional. A ministra Nísia Trindade destacou que o rápido aumento do número de idosos exige mudanças significativas na forma como os serviços de saúde, assistência social e direitos humanos são organizados. O Brasil tem trabalhado em prol da saúde dos idosos, instituindo o Estatuto Nacional da Pessoa Idosa em 2006, que determina que a saúde desse público não pode ser medida apenas pela presença ou ausência de doenças, mas sim por como eles estão vivendo e se sentem no dia a dia.
Atualmente, os idosos representam 33 milhões de brasileiros, uma média de 16% da população. Desde 2010, houve um aumento de 56% pessoas a mais dentro dessa faixa etária. Em 2023, o Ministério da Saúde lançou o Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa, que aborda as mudanças esperadas no processo de envelhecimento saudável.
Envelhecimento Ativo e Saudável: Ferramentas e Projeções
O Brasil também tem como ferramenta a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, instrumento de qualificação da atenção à pessoa idosa e busca contribuir para a organização do processo de trabalho das equipes de saúde e para a otimização de ações que identifiquem as principais vulnerabilidades da pessoa idosa.
O Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (Re)conhecimento e Projeções Futuras, divulgado em setembro pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais vive com a doença, o que representa aproximadamente 2,71 milhões de casos. Até 2050, a projeção é que esse número chegue a 5,6 milhões.
Em 2024, foi instituída a Lei nº 14.878, que cria a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências no âmbito do SUS. A lei prevê diretrizes como a capacitação de profissionais de saúde para a prevenção, identificação precoce dos sinais e sintomas, e a integração dos serviços de saúde.
Envelhecimento Saudável e Ativo: Cooperação Internacional
Nísia Trindade se reuniu com o ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci, para discutir temas como as doenças crônicas e a telemedicina. Trindade aproveitou o diálogo para reforçar as posições do Brasil enquanto atual líder do Grupo dos 20 (G20). Ela também apresentou ao colega os esforços do Brasil para a redução das taxas de mortalidade.
O Brasil tem trabalhado para promover o envelhecimento saudável e ativo, e a cooperação internacional é fundamental para alcançar esse objetivo. A ministra Nísia Trindade destacou que as prioridades que o Brasil propôs como presidente do G20 têm muita convergência com o G7, principalmente no que se pensar em saúde global e políticas de uma só saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde