Unidades devem ter macas e equipamentos que suportem o peso dos pacientes, com infraestrutura adequada e equipes capacitadas por meio de treinamento para evitar atrasos que colocam vidas em risco.
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas no Brasil, e é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para atender esses pacientes de forma adequada, especialmente em situações de emergência. É com esse objetivo que a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) lançaram um documento que visa melhorar o atendimento a pacientes com obesidade grave em pronto-socorros.
Além de abordar as questões técnicas e clínicas relacionadas ao atendimento a pacientes com obesidade, o documento também destaca a importância de combater a gordofobia e promover uma abordagem mais humanizada e respeitosa em relação a esses pacientes. A doença da obesidade é frequentemente associada a outros problemas de saúde, como diabetes e doenças cardíacas, e é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para lidar com essas comorbidades. O excesso de peso é um fator de risco importante para a saúde, e é fundamental que os pacientes sejam orientados sobre como perder peso de forma saudável e manter um estilo de vida equilibrado. A prevenção é a melhor medicina.
Desafios no Atendimento a Pacientes com Obesidade
O objetivo das entidades de saúde é garantir que a infraestrutura e a capacitação dos profissionais sejam adequadas para atender às necessidades específicas dos pacientes com obesidade, evitando que a falta de equipamentos e habilidades técnicas específicas impactem negativamente o atendimento em situações de emergência. O documento destaca o crescimento da pandemia de obesidade no Brasil, que segue o mesmo padrão de outros países, e as medidas necessárias para garantir que esses pacientes recebam o atendimento adequado.
O manejo de pacientes com obesidade no departamento de emergência exige adaptações significativas em termos de estrutura, equipamentos e capacitação da equipe. Desde o uso de macas reforçadas até a necessidade de habilidades técnicas específicas para procedimentos como intubação e obtenção de acesso venoso, o atendimento envolve desafios únicos, especialmente em situações de emergência. A obesidade é uma doença que requer um atendimento especializado e personalizado, e a falta de preparo dos serviços de saúde pode ter consequências graves para os pacientes.
Políticas Públicas para Combater a Obesidade
As entidades sugerem que políticas públicas sejam adotadas para evitar riscos à vida dos pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 40 kg/m², como treinamento sobre a doença nos programas de residência em Medicina de Emergência, encaminhamento de pacientes com peso acima de 150 kg para serviços estruturados para o atendimento e campanhas de combate à gordofobia. Além disso, é fundamental garantir que os profissionais de saúde tenham as habilidades técnicas necessárias para atender às necessidades específicas dos pacientes com obesidade.
Maria Edna de Melo, coordenadora da comissão de advocacy da Abeso e diretora do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), destaca a importância de ter uma infraestrutura adequada e uma equipe capacitada para atender às necessidades dos pacientes com obesidade. ‘Em um momento de emergência, isso é extremamente determinante para a evolução do paciente’, explica.
Recomendações para o Atendimento a Pacientes com Obesidade
As entidades recomendam que os serviços de saúde adotem as seguintes medidas para garantir um atendimento adequado aos pacientes com obesidade:
* Infraestrutura adequada: macas e equipamentos que suportem o peso dos pacientes
* Capacitação profissional: habilidades técnicas para procedimentos como acesso venoso, que podem ser complexos em pacientes com excesso de tecido adiposo
* Equipamentos específicos: inclusão de dispositivos adequados para atender à diversidade de tamanhos e pesos
* Treinamento de equipes: capacitação contínua dos profissionais para o manejo de pacientes com obesidade em situações críticas
* Adequação das infraestruturas: garantir acessibilidade e funcionalidade dos espaços destinados a pacientes com obesidade
Aumento da Obesidade no Mundo
Desde 1975, a prevalência global de obesidade triplicou e os próximos anos devem manter a tendência. Dados da Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês) apontam que 2,2 bilhões de adultos (42%) viviam com sobrepeso ou obesidade em 2020 e a estimativa é de que o número passe para 3,3 bilhões (54%) em 2035. No Brasil, o Vigitel Brasil 2023 indicou que, nas capitais, o sobrepeso atinge 61,4% da população e que 24,3% dos habitantes vivem com obesidade. É fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para atender às necessidades específicas desses pacientes e evitar riscos à vida.
Fonte: @ Veja Abril
Como tudo que vc ensina para nós, em seus artigos, sábias palavras!
Más a obesidade é triste meu Deus
❤
Está certíssimo, não é gordofobia, é ter responsabilidade e qualidade de vida.
É verdade, Márcio. Duro é ouvir”prefiro morrer feliz”. Aff
Engordamos quando envelhecemos. Muito dificil voltar ao peso original
Gostei do podcast fake kkkkkk
Evero😊
A militância gorda é que fica estimulando o povo a ser obeso
Pura vdd! 👏👏👏👏👏
O pior é que enquanto uns ficam obesos pelo excesso de conforto, 😮 ,outros são desnutridos pela escassez de TUUDO….
Responsabilidade individual 👏👏👏👏