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TJ-RJ condena Lucinha a regime semiaberto por desvio de verbas da Alerj em Inhoaíba, seu reduto eleitoral.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta segunda-feira (5/8) condenar Lucínia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), a 4 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto, juntamente com a perda do cargo, por peculato.
A deputada estadual Lúcia Pinto, também conhecida como Lucínia, foi sentenciada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a cumprir 4 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto, além de perder o mandato, por envolvimento em um caso de peculato. Helena de Barros, como é chamada Lucinha, terá que arcar com as consequências de suas ações perante a justiça.
Lucínia: Deputada Estadual Perde Mandato por Empregar Pedreiro em Seu Gabinete
Lucínia, também conhecida como Lúcia Pinto, enfrenta sérias acusações que resultaram na perda de seu mandato como deputada estadual. A decisão foi tomada após a descoberta de desvios de aproximadamente R$ 174 mil dos cofres públicos da Assembleia Legislativa do Rio. O valor desviado era destinado ao pagamento de um pedreiro que prestava serviços particulares nos centros comunitários mantidos por Lucínia em Inhoaíba e Campo Grande, seu reduto eleitoral.
O pedreiro, identificado como Baltazar, foi nomeado como assessor parlamentar no gabinete de Lucínia na Alerj. No entanto, ao ser convocado para prestar depoimento, Baltazar ignorou as solicitações da justiça criminal e do Ministério Público, agravando ainda mais a situação.
A defesa de Lucínia anunciou que recorrerá da decisão e contestou as acusações. Segundo a defesa, todas as testemunhas ouvidas em juízo afirmaram que a deputada nunca nomeou funcionários que prestavam serviços privados em seu gabinete na Alerj, refutando as alegações do Ministério Público.
Além do caso do pedreiro, Lucínia está sob investigação por suposta ligação com a milícia liderada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. Em junho, o Ministério Público denunciou Lucínia e sua assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, por interferência criminosa em favor dos milicianos.
Um dos episódios descritos no documento da denúncia envolveu Lucínia e Ariane fornecendo informações privilegiadas sobre a agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à zona oeste, permitindo que os milicianos evitassem a ação policial nas áreas sob seu controle.
Esses eventos colocaram Lucínia em uma situação delicada, com desdobramentos que ainda estão por vir. O caso demonstra a importância da transparência e da integridade no exercício de cargos públicos, especialmente em um momento em que a sociedade exige cada vez mais responsabilidade e ética de seus representantes.
Fonte: © Conjur