Presidente ucraniano declara objetivos da nova operação defensiva contraofensiva russa transfronteiriça para impedir entrega de suprimentos.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou, no último domingo (18), que a recente incursão militar na região de Kursk, na Rússia, tem como propósito estabelecer uma área de proteção para impedir futuros ataques de Moscou através da fronteira. Essa ação representa um importante passo na defesa da soberania da Ucrânia e na garantia da segurança de seu povo.
Além disso, a postura firme de Zelensky demonstra a determinação do país em proteger seu território e sua população de possíveis ameaças externas. A Ucrânia reafirma seu compromisso com a paz e a estabilidade na região, enquanto busca fortalecer suas fronteiras e sua posição como uma nação soberana e independente.
Ucrânia: Operação Defensiva e Incursão Militar
Anteriormente, foi mencionado que a operação tinha como objetivo proteger comunidades na região de Sumy, na fronteira, dos constantes bombardeios. Agora, a principal meta é destruir o potencial de guerra russo e realizar ações contraofensivas. Isso inclui estabelecer uma zona de proteção no território do agressor, como na operação em Kursk, conforme declarado por Zelensky em seu pronunciamento noturno. Durante o fim de semana, a Ucrânia destruiu uma ponte crucial na região e atingiu outra próxima, interrompendo as linhas de suprimento enquanto avançava com uma incursão transfronteiriça impressionante iniciada em 6 de agosto, de acordo com autoridades.
Blogueiros militares pró-Kremlin reconheceram que a destruição da primeira ponte no Rio Seim, perto da cidade de Glushkovo, impedirá as entregas de suprimentos para as forças russas que enfrentam a incursão ucraniana. O chefe da força aérea da Ucrânia, Tenente-General Mykola Oleshchuk, divulgou um vídeo de um ataque aéreo que destruiu a ponte em duas partes. Menos de 48 horas depois, as tropas ucranianas atingiram outra ponte na Rússia, conforme relatado por Oleshchuk e o governador regional russo Alexei Smirnov.
Até a manhã de domingo, a localização exata do segundo ataque à ponte não havia sido divulgada pelas autoridades. No entanto, canais russos do Telegram afirmaram que uma segunda ponte sobre o Seim, na vila de Zvannoe, foi atingida. Segundo o site de notícias russo Mash, os ataques resultaram em apenas uma ponte intacta na região. A Associated Press não conseguiu verificar imediatamente essas informações.
Se confirmados, os ataques ucranianos complicariam os esforços de Moscou para reabastecer suas forças e evacuar civis. Glushkovo está localizada a cerca de 12 quilômetros ao norte da fronteira ucraniana e aproximadamente 16 quilômetros a noroeste da principal zona de batalha em Kursk. Zvannoe fica a mais 8 quilômetros a noroeste.
Kiev não divulgou muitos detalhes sobre os objetivos de sua incursão na Rússia com tanques e veículos blindados, considerada o maior ataque ao país desde a Segunda Guerra Mundial. O avanço pegou o Kremlin de surpresa, resultando na captura de dezenas de aldeias e centenas de prisioneiros pelos ucranianos. As forças ucranianas avançaram profundamente na região em várias direções, encontrando pouca resistência e causando caos e pânico, enquanto milhares de civis fugiam.
O general Oleksandr Syrskyi, comandante em chefe da Ucrânia, afirmou que suas tropas avançaram por 1.000 quilômetros quadrados da região na semana passada, embora não haja confirmação independente sobre o que as forças ucranianas controlam efetivamente. Em relação à criação de uma zona de proteção, Zelensky destacou que as forças ucranianas obtiveram resultados positivos e essenciais. Analistas sugerem que, embora a Ucrânia possa tentar consolidar seus avanços na Rússia, seria crucial.
Fonte: © G1 – Globo Mundo