São Paulo tem imóveis compactos ocupando ruas imponentes de bairros de alto padrão. Guaritas com seguranças são comuns e o barulho de congestionamentos é constante.
Localizada em uma região nobre da cidade, a Rua Seridó se destaca por ser considerada a rua mais cara do país. Com imóveis luxuosos e sofisticados, a via atrai os olhares de quem busca sofisticação e exclusividade. Os apartamentos nessa região chegam a valores estratosféricos, tornando-se verdadeiras joias imobiliárias.
Considerada a Via mais luxuosa da cidade, a Rua Seridó se consagra como um dos pontos mais valorizados do mercado imobiliário. Investir nessa região é garantia de retorno financeiro e status social, pois estar localizado em um local tão exclusivo é um privilégio para poucos.
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Guaritas com seguranças: A característica da rua mais cara
Vizinha da estação de metrô Cidade Jardim e dos clubes Pinheiros, Paulistano e Hebraica, a rua não tem restaurantes renomados, lojas de luxo ou equipamentos públicos de qualidade. Pelo contrário, quem mora naquele CEP precisa conviver com o barulho de congestionamentos e fios emaranhados nos postes. O maior destaque fica mesmo por conta da localização e da qualidade dos apartamentos.
É isso que explica Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s, imobiliária especializada no mercado de luxo. ‘De 10 anos para cá, existe uma tentativa da prefeitura de São Paulo, expressa no Plano Diretor, de mesclar a ocupação dos bairros para diminuir o deslocamento das pessoas.
Isso fez com que se adicionasse imóveis compactos e habitações de interesse social em regiões de alto padrão’, contextualiza. ‘A percepção de valor atrelada a bairros vem mudando’, observa o executivo. Ele argumenta que a miscigenação de tipologias e a criação de iniciativas sociais têm feito o preço médio do metro quadrado nesses bairros de alto padrão diminuírem.
‘Infelizmente, por conta de limitações de construção ou outros motivos, existem alguns locais que não passaram por essa transformação’, continua Marcello.
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Portanto, dentro de alguns bairros de alto padrão, existem espécies de ilhas de valorização.
‘Pode se limitar a ruas ou trechos de ruas que não sofreram com a legislação’, aponta. Um exemplo desse movimento é observado na Rua Augusta, via que conecta o bairro dos Jardins com o Centro Histórico. O aluguel dos imóveis que estão localizados no Jardim Paulista é quase 50% mais caro do que aqueles na Consolação.
Para Lucas Gerez, economista do Datazap, o caso da Rua Augusta também ajuda a ilustrar um cenário típico de grandes metrópoles. ‘É um exemplo do poder da localização no mercado imobiliário. Em ruas compridas, como a Augusta e a Oscar Freire, nota-se que mediana do preço de m² é diluída em razão de áreas menos nobres ao longo de sua extensão’, analisa.
Neste cenário, ruas como a Rua Seridó, que tem cerca de 200 metros de extensão, se destacam. ‘A rua antes era uma estação de retransmissão de eletricidade da Eletropaulo, ninguém acreditava na região. Isso fez com que se lançasse um empreendimento com 160 unidades lá. Hoje este prédio é super cobiçado, com valores acima da média e perto de bairros de alto padrão’, contextualiza Marcello.
Pé-direito alto: Luxo e imponência na rua mais cara
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As ruas mais caras
A segunda colocação na lista de ruas mais valorizadas do Brasil é a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, bairro com o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro. Com o m² avaliado em R$ 51.129, a rua apresenta um preço 412% maior do que a média da cidade de R$ 9.986.
Algo semelhante acontece em São Paulo, que possui 6 das 10 ruas mais caras para comprar um imóvel no País. Se hoje existe diversidade de estados na lista de imóveis mais caros para compra, o mesmo não acontece na lista de imóveis para aluguel. Dos 10 imóveis mais caros para locação no Brasil, todos estão em São Paulo.
Com o metro quadrado avaliado em R$222, o primeiro lugar é ocupado pela Rua Jesuino Cardoso, no Itaim Bibi. Ou seja, um imóvel de 100 m² na rua pode custar cerca de R$22.200. <!–
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Fonte: © Estadão Imóveis